Apesar de terem os mesmos princípios de ação, as técnicas abordadas a seguir têm diferenças de execução
Cumprindo a sua função de barreira protetora do organismo, a camada superficial da pele (epiderme) impede a entrada de microrganismos e evita a perda de água. Em simultâneo, essa barreira natural dificulta a penetração das medicações quando aplicadas topicamente.
O que é mesoterapia capilar e MMP?
Considerada como um procedimento médico de aplicação medicamentosa, na mesoterapia, ou intradermoterapia, promove-se a injeção de medicações na camada mais profunda da pele (a derme). O objetivo é tratar o problema a partir do aumento da disponibilidade do fármaco diretamente na região de interesse. Considerando a calvície, as medicações são injetadas na derme do couro cabeludo. Ultrapassando a barreira da epiderme, a mesoterapia entrega mais medicação na derme quando comparado ao uso do mesmo medicamento sobre a pele.
Para a mesoterapia capilar, considera-se apenas a técnica de aplicação com seringa e agulhas únicas, já o MMP utiliza injetores eletrônicos com múltiplas agulhas. A MMP significa “microinfusão de medicamentos na pele” e, apesar de ter objetivos semelhantes, na comparação entre mesoterapia capilar e MMP, há algumas diferenças e vantagens.
Quais as vantagens da MMP em relação à mesoterapia?
O procedimento de MMP pode ser amplamente utilizado em calvície masculina. Por meio de um aparelho com múltiplas microagulhas, é realizada uma aplicação de forma mais superficial, com um melhor doseamento e controle no plano de profundidade das agulhas. Essa é a principal diferença entre mesoterapia capilar e MMP. No tratamento por MMP, o couro cabeludo é perfurado e, ao provocar mínimos ferimentos, injetam-se as medicações.
Outro ponto em que a mesoterapia capilar e MMP divergem é que, na última, há melhor possibilidade no controle da quantidade de medicação injetada e do espaçamento entre as injeções. Portanto, com a MMP, a entrega de medicação é mais uniforme, e o resultado é o melhor estímulo dos folículos. Com o maior controle, o sangramento na MMP é mínimo (na forma de um orvalho) e a dor é muito menor que a da mesoterapia.
Na opção entre mesoterapia capilar e MMP, é importante considerar que na maioria das vezes em que se aplica a microinfusão, a sensação descrita pelos pacientes é apenas de um desconforto, sem que o procedimento interfira em suas atividades normais.
Em ambas, mesoterapia capilar e MMP, é possível depositar medicações na derme, portanto esta camada da pele funciona como um reservatório em que os ativos permanecem por um tempo prolongado de ação. Isso possibilita um espaçamento entre as sessões. Porém, na mesoterapia capilar a deposição do medicamento é em bolus, ou seja, em um volume maior, aumentando o risco de compressão de vasos sanguíneos locais (condição altamente indesejável na calvície).
Quais substâncias são comumente utilizadas em ambos os procedimentos?
Nos procedimentos de mesoterapia capilar e MMP especificamente para calvície, as medicações mais usadas são minoxidil, finasterida e dutasterida, complexos vitamínicos e fatores de crescimento — isolados ou associados.
Cuidados pós-procedimentos
Os principais cuidados após realizar mesoterapia capilar e MMP incluem:
- Lavar o cabelo somente no período orientado pelo médico após a realização do procedimento;
- Evitar aplicação de medicamentos tópicos no couro cabeludo no dia dos procedimentos (antes e depois);
- Evitar exposição do couro cabeludo ao sol durante as 72 horas após o
Qual técnica é mais indicada?
Ao optar entre mesoterapia e MMP, o médico deve orientar o paciente quanto a limitações das técnicas e conforto do paciente durante e após a utilização delas.
As técnicas de mesoterapia capilar e MMP podem ser indicadas quando:
- O tratamento tópico ou oral convencional não está funcionando;
- Quando se deseja potencializar os tratamentos domiciliares usuais, complementando o tratamento;
- Em pacientes que tentam minimizar os efeitos colaterais dos medicamentos para calvície (ainda que na mesoterapia capilar e MMP haja passagem de princípios ativos sistemicamente, em menor escala).
As contraindicações serão as mesmas específicas de cada medicação utilizada pelo dermatologista, pois parte desta medicação passará para a corrente sanguínea.
Para saber mais, entre em contato com a Dra. Marcela Uehara.
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